POLÍTICA NACIONAL
Ciro Gomes sobe o tom contra Lula e aumenta isolamento no PDT


A estratégia do pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) de atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e demarcar distância do PT tem aumentado o isolamento entre ele e o restante do partido, que está aberto a alianças com petistas nos estados. A tendência é que o PDT mantenha Ciro no páreo, mas abra espaço para alianças com o partido de Lula no nível regional.
No Maranhão, por exemplo, o pré-candidato ao governo e senador Weverton Rocha (PDT) deve contar com o apoio de uma parte do PT, embora oficialmente o candidato do partido seja Carlos Brandão (PSB).
Petistas estão mobilizados para formar alianças com o PDT e evitar que Ciro tenha espaço nos palanques. O presidente do PDT, Carlos Lupi, disse em entrevista ao GLOBO, há uma semana, que a candidatura do ex-ministro é irreversível, mas frisou que “cada estado tem a sua peculiaridade”.
O PDT deve ter candidatura própria em ao menos 11 estados, mas em alguns casos com nomes próximos aos petistas. Em Minas Gerais, por exemplo, o pedetista Miguel Corrêa tem um longo histórico no PT, com mais proximidade de Lula do que de Ciro.
No Rio, o partido quer lançar Rodrigo Neves, ex-prefeito de Niterói, para governador. Neves, porém, já foi do PT e, em entrevista ao GLOBO na semana passada, disse se incomodar com a postura de Ciro em relação ao ex-presidente.
Os ataques do pré-candidato do PDT ao Planalto têm sido usados inclusive por aliados do presidente Jair Bolsonaro para criticar o petista. No fim de semana, uma declaração de Ciro durante “live” com o humorista Gregório Duvivier, que é eleitor de Lula, ficou entre os assuntos mais comentados do fim de semana. A hashtag “OLulaNaoEinocenteBabaca” foi impulsionada, principalmente, por perfis bolsonaristas.
“O PDT já está rachado há algum tempo. O pessoal mais brizolista, histórico do PDT, sempre ficou mais próximos de nós. Em poucos estados o PDT tem força para lançar governador”, diz o senador Paulo Rocha (PT-PA).
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POLÍTICA NACIONAL
Castro oferece Senado para Crivella desistir de tentar governo do RJ


A disposição do ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella (Republicanos) de voltar à cena política, cogitando até uma candidatura ao Palácio Guanabara, despertou uma reação do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), que agora tenta atraí-lo para sua chapa à reeleição como candidato ao Senado. Nome do campo da direita com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao estado, Castro teme que Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, conquiste o eleitorado evangélico.
O ex-prefeito formaria mais um palanque para o governador e integraria uma proposta ainda mais conservadora do que a hoje representada pela aliança com Romário (PL) — candidato ao Senado da coligação.
Para evitar que as candidaturas de Castro e Crivella concorram concomitantemente e dividam eleitores, lideranças do PL prometem aumentar o espaço do Republicanos em um eventual próximo mandato do governador, caso o ex-prefeito do Rio desista do Guanabara. Atualmente, o partido ligado à Igreja Universal comanda a Secretaria estadual de Assistência Social e é responsável por nomeações na pasta de Administração Penitenciária.

Marcelo Crivella
A proposta encontra amparo na decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que decidiu que partidos de uma mesma coligação podem lançar mais de um candidato ao Senado. No entanto, é vista como uma espécie de traição a Romário, colega de partido do governador.
Mesmo liderando as pesquisas de intenção de votos para o Senado, o ex-jogador não conta com o apoio de membros da chamada ala ideológica do governo Bolsonaro, que defendem o lançamento de uma candidatura que levante a bandeira das pautas de costumes. Para o chamado “bolsonarismo raiz”, o grupo político do presidente seria mais bem representado por Crivella.
Apesar do desejo de concorrer ao governo e de ser bem-visto como um nome ao Senado, Crivella esbarra em resistências internas no Republicanos. No cálculo mais conservador de alguns nomes do partido, uma candidatura do ex-prefeito à Câmara dos Deputados significaria um voo mais tranquilo para Crivella e para o partido, além de garantir um número maior de parlamentares na bancada federal.
Nos bastidores da legenda, o presidente nacional da sigla, Marcos Pereira, tenta controlar as pressões de deputados que contam com os votos amealhados por Crivella e a vontade do próprio ex-prefeito, que não esconde o desânimo com a possibilidade de concorrer a deputado.
Procurado, o ex-prefeito não respondeu aos pedidos de entrevista. Pereira afirmou que, por ora, ainda não há nada definido.
De olho na vaga de vice
A vaga de vice na chapa de Castro também entrou em discussão diante da tensão entre o governador e Washington Reis (MDB), cotado para o posto. Na última semana, durante a eleição do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), eles seguiram caminhos diferentes, o que fez com que vários partidos oferecessem nomes para a composição.
O próprio Republicanos sugeriu para vice a deputada Rosângela Gomes, enquanto o União Brasil, que aguarda a definição da elegibilidade de seu pré-candidato ao estado, Anthony Garotinho, acenou com Marcos Soares, Fábio Silva e Daniela do Waguinho. Nome que agradava a Castro, o deputado federal Dr. Luizinho (PP) tentará novamente a Câmara e será puxador de votos.
O impasse entre Castro e Reis, no entanto, parece apaziguado. Os dois participaram de agenda na última sexta e reiteraram a parceria.
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