economia
Bolsonaro diz que inflação passa por governadores e “não pode resolver sozinho”
O presidente Jair Bolsonaro disse que a culpa da inflação estar próxima de atingir a marca de dois dígitos “passa por governadores”, e que ele não pode resolver por conta própria. A reclamação foi em entrevista à rádio Jornal Pernambuco nesta quinta-feira (26).
“Estamos vendo a inflação, sim, na casa dos 7%, quando fala 7% é uma inflação global. Lógico que os alimentos estão muito acima disso, isso é preocupante. Se bem que a inflação no tocante aos alimentos veio para o mundo todo, o mundo todo tá sofrendo. A gente vê a questão do gás de cozinha, 130 reais o botijão de 13 quilos. Temos saída para isso, mas passa pelos governadores, bem como a questão dos combustíveis também. O combustível está caro, ultrapassou 6 reais. Na refinaria custa 1 litro de gasolina 2 reais. Temos alternativa? Temos. Mas eu, sozinho, não consigo resolver esse assunto. Passa pelo entendimento dos senhores governadores”, afirmou.
A inflação, na verdade, já ultrapassou 9%, segundo dados do IPCA-15 divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para Bolsonaro, a culpa desse valor é do fechamento do comércio promovido por governadores e prefeitos, o que chamou de “política do fica em casa”.
Na entrevista, o presidente destacou, além dos preços altos dos alimentos, a atual crise hidrológica vivida no País, mas disse que a “economia está se recuperando”. “Temos notícias tristes, mas temos que nos unir e enfrentar esses desafios”.
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Receita recebe mais de 5 milhões de declarações do Imposto de Renda
Nos seis primeiros dias do prazo, mais de 5 milhões de contribuintes acertaram as contas com o Leão. Até as 14h46 desta quinta-feira (21), a Receita Federal recebeu 5.044.251 declarações. Isso equivale a 11,73% das 43 milhões de declarações esperadas para este ano.
O prazo de entrega da declaração começou às 8h da última sexta-feira (15) e vai até as 23h59min59s de 31 de maio. O novo intervalo, segundo a Receita, foi necessário para que todos os contribuintes tenham acesso à declaração pré-preenchida, que é enviada duas semanas após a entrega dos informes de rendimentos pelos empregadores, pelos planos de saúde e pelas instituições financeiras.
Segundo a Receita Federal, 84,8% das declarações entregues até agora terão direito a receber restituição, enquanto 8,6% terão que pagar Imposto de Renda e 6,6% não têm imposto a pagar nem a receber. A maioria dos documentos foi preenchida a partir do programa de computador (73,6%), mas 15% dos contribuintes recorrem ao preenchimento online, que deixa o rascunho da declaração salvo nos computadores do Fisco (nuvem da Receita), e 11,5% declaram pelo aplicativo Meu Imposto de Renda.
Um total de 45,2% dos contribuintes que entregaram o documento à Receita Federal usaram a declaração pré-preenchida, por meio da qual o declarante baixa uma versão preliminar do documento, bastando confirmar as informações ou retificar os dados. A opção de desconto simplificado representa 58,2% dos envios.
Novo prazo
Até 2019, o prazo de entrega da declaração começava no primeiro dia útil de março e ia até o último dia útil de abril. A partir da pandemia de covid-19, a entrega passou a ocorrer entre março e ia até 31 de maio. Desde 2023, passou a vigorar o prazo mais tardio, com o início do envio em 15 de março, o que dá mais tempo aos contribuintes para prepararem a declaração desde o fim de fevereiro, quando chegam os informes de rendimentos.
Outro fator que impulsionou o recorde foi a antecipação do download do programa gerador da declaração. Inicialmente previsto para ser liberado a partir desta sexta, o programa foi antecipado para terça-feira passada (12).
Segundo a Receita Federal, a expectativa é que sejam recebidas 43 milhões de declarações neste ano, número superior ao recorde do ano passado, quando o Fisco recebeu 41.151.515 documentos. Quem enviar a declaração depois do prazo pagará multa de R$ 165,74 ou 20% do imposto devido, prevalecendo o maior valor.
Novidades
Neste ano, a declaração terá algumas mudanças, das quais a principal é o aumento do limite de rendimentos que obriga o envio do documento por causa da mudança na faixa de isenção. O limite de rendimentos tributáveis que obriga o contribuinte a declarar subiu de R$ 28.559,70 para R$ 30.639,90.
Em maio do ano passado, o governo elevou a faixa de isenção para R$ 2.640, o equivalente a dois salários mínimos na época. A mudança não corrigiu as demais faixas da tabela, apenas elevou o limite até o qual o contribuinte é isento.
Mesmo com as faixas superiores da tabela não sendo corrigidas, a mudança ocasionou uma sequência de efeitos em cascata que se refletirão sobre a obrigatoriedade da declaração e os valores de dedução. Além disso, a Lei 14.663/2023 elevou o limite de rendimentos isentos e não tributáveis e de patrimônio mínimo para declarar Imposto de Renda.
Fonte: EBC Economia
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