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AGRO & NEGÓCIO

Aplicativo gratuito ajudará o produtor a acompanhar todo o ciclo de plantio da canola

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  • Produtor poderá gerar relatórios e gráficos sobre as safras e as produtividades alcançadas pelas cultivares ao longo dos anos.
  • Software traz uma calculadora que apresenta a quantidade exata de sementes a serem utilizadas.
  • O Mais Canola envia notificações aos usuários nas épocas dos tratos culturais, como a adubação de cobertura e o monitoramento de determinadas pragas e doenças.
  • Mais Canola ainda apresenta informações sobre cursos e eventos, publicações técnicas da Embrapa, notícias, vídeos e podcasts relacionados.
  • O responsável pelo plantio também poderá inserir dados sobre etapas do cultivo e sobre a colheita, o que vai possibilitar o aprimoramento do aplicativo.

A Embrapa Agroenergia (DF) lançou uma nova ferramenta para auxiliar os produtores de canola do Brasil do início ao fim da colheita. O aplicativo Mais Canola visa facilitar a gestão de dados de todo o ciclo de produção da oleaginosa, do plantio à colheita, levando para o produtor informações técnicas essenciais que poderão auxiliar no preparo da área, semeadura e monitoramento da planta. O responsável pelo plantio também poderá inserir dados sobre etapas do cultivo e sobre a colheita, o que vai possibilitar o aprimoramento do aplicativo, que está disponível gratuitamente, em versão beta, para dispositivos de sistema Android. Em breve, será disponibilizado também em para iOS.

Soluções apresentadas pelo aplicativo

Entre as principais funcionalidades do aplicativo está a possibilidade de conhecer dados sobre a produção no Brasil e no mundo, além do acesso ao Zoneamento de Risco Climático da canola (Zarc) para dez estados brasileiros. Todas as informações vêm acompanhadas por fotografias das diversas fases do plantio e pós-plantio e infográficos com informações atualizadas de órgãos como o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O aplicativo traz também informações sobre as principais cultivares disponíveis no mercado, e uma lista de herbicidas, inseticidas e fungicidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para as principais plantas daninhas, pragas e doenças que afetam a cultura.

“Inserimos no aplicativo uma calculadora que mostra com precisão qual a quantidade de sementes ideal para a área desejada de plantio. A etapa da semeadura é crucial para o sucesso do plantio. Se o produtor faz os cálculos corretamente e o plantio no período ideal indicado pelo ZARC, as chances de sucesso na hora da colheita são altas”, explica o pesquisador Bruno Laviola.

Do outro lado da telinha, o usuário poderá cadastrar a sua fazenda, inserir os dados sobre a cultivar plantada e acompanhar todas as fases do plantio. Com esses dados, será possível gerar relatórios e gráficos sobre as safras e as produtividades alcançadas pelas cultivares ao longo dos anos.

O aplicativo auxilia o produtor no manejo. Após o cadastramento de uma área, o Mais Canola envia notificações aos usuários nas épocas dos tratos culturais, como a adubação de cobertura e o monitoramento de determinadas pragas e doenças.

Entre outras funcionalidades, o produtor terá acesso a informações sobre cursos e eventos, publicações da Embrapa, notícias, vídeos e podcasts sobre o assunto. No aplicativo também é possível esclarecer todas as dúvidas dos usuários com os pesquisadores da Embrapa por meio do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC).

Ciência brasileira leva canola ao Cerrado

O aplicativo é um dos resultados do projeto Procanola, cujo objetivo é desenvolver a cadeia produtiva da canola (Brassica napus L.  var. oleifera) no Cerrado, adaptando o sistema de cultivo às condições edafoclimáticas da região central do Brasil. Espécie oleaginosa da família das crucíferas, a canola é uma variação genética da colza, cuja semente é cultivada no Canadá e desenvolvida inicialmente para regiões de clima temperado. No Brasil, é considerada uma cultura de inverno, sendo o Rio Grande do Sul o maior produtor da cultura em âmbito nacional.

No ano passado, foi realizado um plantio experimental de três variedades comerciais no Distrito Federal, em parceria com os produtores rurais da Cooperativa Agrícola do Rio Preto (Coarp). Os resultados mostraram que foi alcançada uma produtividade média de 2 mil kg/ha, valor acima da média brasileira, mesmo com baixo índice pluviométrico. Para o plantio deste e dos próximos anos, o aplicativo Mais Canola irá mostrar com dados as causas do sucesso alcançado no centro-oeste brasileiro e também as oportunidades de melhoria.

“A canola é a terceira oleaginosa mais cultivada no mundo e uma excelente alternativa para uso em rotação de cultura em sistema de safrinha. Atualmente, o valor de mercado do óleo de canola é equivalente ao da soja, o que nos faz apostar que a sua tropicalização veio para ficar”, prevê Laviola.

Foto: Paulo Ferreira

Gestão por aplicativo: uma tendência no agro

A Embrapa disponibiliza para a sociedade diferentes aplicativos gratuitos, para diferentes setores do agro. Entre os lançados recentemente, estão o SGR Mobile, para a gestão e melhoramento genético de rebanhos de caprinos e ovinos (Embrapa Caprinos e Ovinos – CE), e o Zarc Plantio Certo (para iOS e Android), que oferece uma lista com dez cultivares consideradas aptas a cada localidade, cadastradas no Registro Nacional de Cultivares (RNC), elaborado pela Embrapa Agricultura Digital (SP).

Alguns desses aplicativos têm a vantagem de não necessitarem de conexão com a internet para o registro de informações, o que facilita a vida do produtor rural. Em comum, a ideia de retroalimentação, ou seja, a inserção de dados por produtores rurais, técnicos e outros interessados que atuam no campo para que a Embrapa conheça melhor este público-alvo.

Outra vantagem da gestão por aplicativo é a substituição de fichas e planilhas em papel e substituição pelos registros virtuais e compartilhados. Alguns aplicativos também possuem versões em outras línguas, como inglês e espanhol, o que facilita e permite o acesso a usuários de outros países, e integração com bases de dados internacionais.

Conheça a lista de aplicativos ofertados pela Embrapa nesta página.

Fonte: Embrapa

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AGRO & NEGÓCIO

Abril deve ter queda no trigo e na soja, mas aumento no farelo, prevê Anec

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As exportações brasileiras de grãos em abril devem apresentar um cenário misto, com queda no trigo e na soja em grão, enquanto o farelo de soja registra um aumento expressivo. Segundo projeções da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC), o volume de trigo embarcado no mês deve totalizar 110.592 mil toneladas, significativamente inferior às 176.556 toneladas exportadas em abril de 2023. Já para a soja em grão, a estimativa é de 13.744 milhões de toneladas, representando uma ligeira queda em relação às 14.046 milhões de toneladas exportadas no mesmo período do ano passado.

A queda nas exportações de trigo é atribuída principalmente à menor disponibilidade do cereal no mercado interno, em decorrência da safra colhida no final do ano passado ter sido menor que a do ano anterior. Além disso, a forte demanda internacional por trigo, impulsionada pela guerra na Ucrânia, direcionou parte da produção brasileira para o mercado interno, a fim de atender à demanda doméstica e garantir a segurança alimentar do país.

A ligeira queda nas exportações de soja em grão em abril também se deve à menor disponibilidade do produto no mercado interno, em consequência da safra colhida no início do ano ter apresentado um volume inferior ao do ano passado. Apesar disso, o setor ainda se encontra em um momento favorável, com preços no mercado internacional em alta e demanda aquecida, principalmente da China, principal destino das exportações brasileiras de soja.

Em contraste com o trigo e a soja em grão, o farelo de soja deve registrar um aumento expressivo nas exportações em abril. A ANEC estima que o volume embarcado no mês alcance 2.581 milhões de toneladas, um aumento significativo em relação às 1.742 mil toneladas exportadas em abril de 2023. Esse crescimento é impulsionado pela forte demanda internacional por farelo de soja, utilizado na alimentação animal, em um momento em que a produção de carne no mundo está em expansão.

Na semana encerrada em 13 de abril, o Brasil exportou 2.951 milhões de toneladas de soja em grão. No entanto, para o período entre 14 e 20 de abril, a ANEC não prevê embarques desse produto. Já para o farelo de soja, as exportações na última semana atingiram 371.202 mil toneladas, e a previsão para esta semana é de cerca de 683.710 mil toneladas.

As perspectivas para as exportações brasileiras de grãos nos próximos meses são positivas. A demanda internacional por alimentos deve se manter aquecida, impulsionada pelo crescimento da população mundial e pela elevação da renda em países em desenvolvimento. Além disso, a guerra na Ucrânia pode abrir novas oportunidades para o Brasil, que se consolida como um dos principais fornecedores de grãos para o mercado global.

O mercado brasileiro de grãos apresenta um cenário dinâmico, com diferentes produtos com performances distintas. Apesar da queda nas exportações de trigo e soja em grão em abril, o setor ainda se encontra em um momento favorável, com o farelo de soja registrando um aumento expressivo nas exportações. As perspectivas para os próximos meses são positivas, com a expectativa de que a demanda internacional por alimentos continue aquecida, beneficiando o agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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