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AGRO & NEGÓCIO

ApexBrasil lança programa de atração de investimentos para o setor de fertilizantes

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O setor de fertilizantes no Brasil ganhou novo impulso com o lançamento de um programa estratégico voltado para a atração de investimentos internacionais e o fortalecimento da produção nacional. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) lançou o Programa de Atração de Investimentos do Setor de Fertilizantes – Invest in Brazil Fertilizers, durante o Fertilizer Latino Americano 2025, realizado de 26 a 29 de janeiro no Rio de Janeiro. A iniciativa visa fortalecer a produção nacional e reduzir a dependência do país em relação aos insumos importados, criando um ambiente favorável para novos investimentos no setor.

Com um crescimento significativo na demanda, as importações brasileiras de fertilizantes atingiram 44,3 milhões de toneladas em 2024, o maior volume dos últimos cinco anos, representando um aumento de 8,3% em relação ao ano anterior. Diante desse cenário, o programa busca identificar e fomentar projetos estratégicos em estados brasileiros, atraindo investidores internacionais para expandir a capacidade produtiva local e diminuir os custos logísticos associados à importação.

Durante o evento, a ApexBrasil, em parceria com o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert) e o Sindicato Nacional das Indústrias de Matérias-Primas para Fertilizantes (Sinprifert), realizou encontros com potenciais investidores e promoveu articulações para impulsionar a produção nacional. A estratégia adotada marca uma evolução na abordagem da entidade, que passa a atuar de forma mais integrada e de longo prazo na promoção de investimentos no setor.

O Plano Nacional dos Fertilizantes (PNF) estabelece a meta de quintuplicar a produção nacional até 2050, com investimentos estimados em R$ 1,47 trilhão para ampliar a capacidade produtiva e consolidar o Brasil como um polo estratégico global. Para isso, estados como Amazonas, Minas Gerais e Rio de Janeiro apresentaram projetos regionais que podem contribuir para o fortalecimento da cadeia produtiva.

No Amazonas, o potencial de fosfato no sul do estado se destaca como uma oportunidade para atração de investimentos estrangeiros. Já em Minas Gerais, o projeto Potássio Autazes, localizado na bacia do Amazonas, prevê a produção de até 2,2 milhões de toneladas de potássio por ano, o que pode reduzir em 20% a necessidade de importação desse insumo fundamental para a agricultura brasileira.

Além das iniciativas regionais, o evento também marcou a expansão da presença industrial no setor, com o anúncio da instalação da primeira fábrica da multinacional israelense especializada em nitrato de potássio em Uberlândia, Minas Gerais. A localização foi escolhida por sua posição estratégica entre os estados de maior consumo de fertilizantes no país, reforçando o compromisso da indústria internacional com o fortalecimento da produção nacional.

A articulação entre o setor privado e o governo tem sido fundamental para essa reestruturação, com a ApexBrasil liderando esforços para atrair investimentos estratégicos e consolidar a posição do Brasil como um dos principais produtores globais de fertilizantes. A expectativa é que essas iniciativas impulsionem a competitividade do agronegócio brasileiro, reduzindo custos e fortalecendo a segurança da cadeia produtiva nacional.

Fonte: Pensar Agro

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AGRO & NEGÓCIO

Maior cooperativa agrícola da América Latina tem receita de R$ 28,8 bilhões

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A Coamo Agroindustrial, maior cooperativa agrícola do Brasil, que tem sua sede em Campo Mourão (460km da capital, Curitiba), no Paraná, encerrou 2024 com uma receita de R$ 28,8 bilhões, o que representou uma queda de 5% em relação ao ano anterior. A diminuição da receita foi atribuída principalmente à quebra de safra e à retração dos preços de mercado. No entanto, os dirigentes da cooperativa afirmam que o ano foi positivo, com a devolução de R$ 694 milhões aos seus 32 mil cooperados, como parte dos resultados financeiros alcançados.

A Coamo é a maior cooperativa agrícola da América Latina. No ranking mundial só fica abaixo de gigantes globais como Cargill, ADM e Bunge. Essas empresas dominam o mercado global de commodities agrícolas em termos de volume e presença internacional.

A cooperativa, que opera em 75 municípios dos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, industrializa a totalidade da soja produzida pelos seus cooperados e cerca de 50% do trigo. Além disso, produz etanol em Campo Mourão e, mais recentemente, diversificou suas atividades com a criação da CredCoamo, uma cooperativa de crédito exclusiva para os cooperados, e o lançamento de uma unidade de biodiesel em Paranaguá.

O presidente executivo, Airton Galinari, anunciou que 2025 será um ano de grandes investimentos, com a Coamo destinando R$ 850 milhões para modernizar e ampliar suas instalações e processos. Entre os investimentos estão a construção de novas unidades industriais, a automatização dos sistemas e a implementação de novas tecnologias nos parques industriais e sistemas logísticos. O objetivo é continuar a expansão e modernização, com destaque para a indústria de biodiesel em Paranaguá, que começará a operar entre 2025 e 2026 e terá capacidade para produzir biodiesel a partir de 120 mil toneladas de óleo de soja.

Em termos de resultados financeiros, a Coamo registrou uma sobra líquida de R$ 2,028 bilhões, uma redução em relação ao ano anterior. A redução foi impactada pela baixa produção de grãos, que caiu 19,5% em comparação com 2023. O volume de produtos recebidos pela cooperativa em 2024 foi de 8,024 milhões de toneladas, o que ultrapassou a capacidade de armazenamento da cooperativa, que é de 6,264 milhões de toneladas.

As exportações da Coamo também foram significativas em 2024, alcançando 4,34 milhões de toneladas de soja, farelo e óleo, com um faturamento de US$ 1,878 bilhão, exportados para 31 países.

Além das sobras, a cooperativa repassou outros benefícios aos seus cooperados, incluindo R$ 83 milhões no programa Fideliza, R$ 24,5 milhões na devolução de capital social para cooperados com mais de 65 anos e R$ 22,24 milhões de devolução de ICMS, totalizando R$ 824 milhões em benefícios distribuídos.

De acordo com o presidente do Conselho de Administração, José Aroldo Gallassini, o sucesso da Coamo se deve ao engajamento dos cooperados, que, ao participarem ativamente das operações da cooperativa, contribuem para sua força e rentabilidade. Gallassini também destaca que a verticalização dos negócios, com a industrialização de grãos, tem sido um diferencial para a cooperativa, já que a transformação dos produtos tem gerado maior rentabilidade do que o comércio de grãos in natura.

Fonte: Pensar Agro

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