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Ansiedade

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Por Francisney Liberato

A ansiedade, se administrada da maneira correta, pode ser útil.

Costumo mencionar nas minhas palestras e exposições que a ansiedade é extremamente importante para potencializar o nosso desenvolvimento. Basta pensar: em um mundo com tantas informações, tecnologias, agilidades e com muitas inseguranças, dificilmente nós viveremos sem ter ansiedade.

Segundo o site UOL, de 05/06/2019, noticiou: “O Brasil sofre uma epidemia de ansiedade. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o país tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno”.

A ansiedade é uma reação inerente ao ser humano moderno, vivenciamos essa questão em vários aspectos de nossas vidas, tais como: ficar ansioso por receber uma promoção na empresa; estar às vésperas de uma prova importante; ter que falar em público; ansiedade para ver a pessoa amada; criar expectativas para sair de férias e viajar; estar ansioso para comer aquela sobremesa deliciosa; preocupação diante dos resultados dos exames de saúde que você fez; estar ansioso por participar de um torneio de futebol; no aguardo do nascimento do filho etc.

Conforme podemos observar, a ansiedade está enraizada na mente do ser humano. Ela poderá ocorrer em situações positivas ou negativas conforme os exemplos explanados. E, disso, poderão ocorrer diversos distúrbios como o medo, a preocupação, a apreensão, o nervosismo, além de impactos ao nosso físico.

Quando digo que a ansiedade pode se tornar combustível para lutar pelos nossos objetivos e sonhos, estou a dizer sobre o aspecto positivo, regular e equilibrado da ansiedade. Contudo, se a ansiedade for excessiva e desequilibrada, fará mais mal do que bem.

Segundo o escritor Augusto Cury, “há uma ansiedade aceitável, normal e até fundamental. Aquela que nos faz ter taquicardia diante de um olhar, sentir calafrios com um beijo, frio na espinha ao receber uma excelente notícia. Essa ansiedade normal também nos impulsiona a desejar, planejar e ter ambições saudáveis, superar barreiras, vencer limites, aceitar desafios. Sem essa ansiedade, os cientistas não seriam criativos, as mulheres não lutariam pelo que amam, os homens não seriam sonhadores”.

Em suma: a ansiedade é positiva quando é gerenciada pelo nosso autocontrole, o que acaba sendo com menor frequência, intensidade e grau. Por outro lado, se não administrado esse distúrbio, ou com maior intensidade, frequência e grau, a ansiedade será negativa.

A ansiedade negativa interfere diretamente na manutenção do nosso autocontrole. É necessário que nos utilizemos da inteligência emocional e da parte racional do nosso cérebro para calibrar essa ansiedade, para que ela seja potencializada para resolver problemas e desenvolver o nosso aspecto pessoal e profissional.

A ansiedade negativa pode resultar em transtorno de ansiedade generalizada (TAG), pânico, fobias e ansiedade social, estresse pós-traumático e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

A fim de controlar a nossa ansiedade, é importante desenvolver o autoconhecimento, além de procurar profissionais da área para fazer um acompanhamento necessário. A prática de atividade física, meditação, mentalidade positiva, aproveitar bem as horas de lazer, conviver em paz com os familiares, manter uma alimentação saudável, medicamentos e outras recomendações positivas para nossa vida são extremamente importantes para controlar a ansiedade.

Em todo caso, com o autoconhecimento nós conseguiremos detectar os gatilhos emocionais que fazem com que sejamos pessoas mais ansiosas. A ideia é tratar a causa e não a consequência, como, por exemplo, o medo. Descobrindo os gatilhos emocionais, o ideal seria evitar o contato com a situação ou cenário.

Algumas situações que indicam que a pessoa tem certa ansiedade quando ela é excessivamente negativa são: vislumbrar perigo em todas as situações da vida; comer em excesso; dificuldades para dormir e alteração do sono; excesso de redes sociais; pautar a vida com base na opinião de outros indivíduos; sofrer com a tensão muscular; ter medo de falar em público; excesso de pensamentos e preocupações; estar à beira de um ataque de nervos; inquietação; impacto no nosso corpo com reações físicas; pensamentos obsessivos; perfeccionismo; problemas digestivos e outros.

O meu chamado para você é: utilize a sua ansiedade para concretizar os seus sonhos e objetivos. Mantenha o foco, faça uma programação da sua vida diária, a fim de evitar o excesso de pensamentos que não colaboram com a nossa vida. Aplique essa aceleração mental para produzir resultados benéficos para sua vida. É preciso agir, é preciso começar, é preciso ser um indivíduo executivo, aquele que age e executa as suas tarefas, todos os dias. Preencha a sua mente com o seu planejamento e a sua execução.

Todos nós estamos sujeitos a ter ansiedade, em maior ou menor grau. É necessário tratar-se e cuidar-se. Vamos direcionar a ansiedade para produzir e fazer mais, em benefício próprio e de terceiros? A manutenção desse equilíbrio nos torna seres humanos com maior poder de autocontrole.

Francisney Liberato Batista Siqueira é Auditor Público Externo do Tribunal de Contas de Mato Grosso. Escritor, Palestrante, Professor, Coach e Mentor. Mestre em Educação pela University of Florida. Doutor em Filosofia Universal Ph.I. Honoris Causa. Bacharel em Administração, Bacharel em Ciências Contábeis (CRC-MT) e Bacharel em Direito (OAB-MT). Autor dos Livros: “Mude sua vida em 50 dias”, “Como falar em público com eficiência”, “A arte de ser feliz”, “Singularidade”, “Autocontrole”, “Fenomenal”, “Reinvente sua vida” e “Como passar em concursos”.

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Endometriose pode virar câncer?

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Por Laerte Basso

Após obter um diagnóstico de endometriose, é comum que as mulheres tenham muitas dúvidas e busquem se cercar de informações precisas para cuidar de sua saúde.

A condição é delicada e exige atenção e cuidados. Cada boa iniciativa que a paciente tomar em relação à sua alimentação, estilo de vida e prática de exercícios, entre outros, pode pesar positivamente para a melhora da sua saúde.

Entre tantas perguntas e mudanças a fazer, preocupações com quadros mais sérios podem surgir. Também é comum que, neste momento de atenção com a saúde, a ansiedade e até certo nervosismo levem a mulher a considerar panoramas que não condizem com a realidade.

Pergunta muito recorrente em consultórios e clínicas é se a endometriose pode ser tornar um câncer de endométrio ou até mesmo de ovário.

Vamos por partes. Inicialmente, as duas doenças se desenvolvem de forma muito semelhante, isso é verdade. A proliferação das lesões ocorre tanto na endometriose como no câncer. Porém, não existe evidência de que a endometriose possa virar um câncer.

Como se caracteriza cada uma?

A endometriose é caracterizada pela presença do tecido que reveste o interior do útero, chamado endométrio, fora da cavidade uterina – em trompas, intestino e ovários, por exemplo.

O câncer pode, sim, acometer o endométrio – o que não quer dizer que, para ele surgir, é preciso ter endometriose. Mulheres sem endometriose podem ter câncer do endométrio, e a grande maioria é assim.

A confusão maior surge porque, na endometriose, as células se multiplicam para fora do útero, e isso também ocorre no surgimento do câncer.

Mulheres com endometriose têm maior risco de câncer?

Apesar de não haver uma relação clara entre a presença da endometriose e a gênese de câncer, alguns estudos sugerem que mulheres com endometriose têm maior risco de alguns subtipos de câncer de ovário, como o endometrióide e de células claras.

As principais explicações se baseiam na inflamação causada pela endometriose, além da resposta imune alterada, que pode favorecer o surgimento do câncer. Mas vale lembrar que todo câncer se origina de uma célula que se modificou e cresceu desordenadamente. E, por isso, a endometriose não causa câncer.

Portanto, antes de tomar qualquer informação como verdade ou se desesperar com uma hipótese não comprovada cientificamente, acalme-se e organize-se.

A principal ferramenta para se recuperar de uma condição é a boa informação, e ela pode ser obtida apenas em fontes confiáveis.

E o melhor profissional para confirmar seus achados é o médico de sua confiança, de preferência especialista no assunto. Leve suas dúvidas e obtenha respostas garantidas. Não se desanime com desinformações: elas podem tirar a boa energia de que você precisa para se tratar e se recuperar.

Dr. Laerte Basso é ginecologista e obstetra, membro da Sociedade Brasileira de Endometriose e da Sociedade Européia de Endometriose e Doenças do Útero, e integra a equipe multidisciplinar do Instituto Eladium, em Cuiabá (MT)
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