Saúde
A cura do melasma?


“Tenho tanta vergonha do meu melasma que há dois anos durmo maquiada. Não quero que meu marido me veja com essas manchas”.
Já se passaram mais de dez anos e eu nunca esqueci o que a paciente me disse. O que eu pude receitar foram clareadores e filtro solar, os únicos tratamentos que tínhamos disponíveis. Naquela época nós não sabíamos o que causava o melasma e, como quase tudo na medicina, se a causa não for descoberta e tratada, a doença não cura e tende a voltar.
O cenário hoje é diferente. O primeiro grande passo foi descobrir que a mancha que a gente enxerga é só um dos muitos componentes do melasma e, na verdade, todas as estruturas da pele estão envolvidas. É por isso que o melasma às vezes clareia num local e reaparece no outro.
As alterações da pele do paciente com melasma são muitas, como o excesso de vasos sanguíneos, inflamação, envelhecimento precoce, resposta alterada aos hormônios e hipersensibilidade ao sol.
A mais curiosa dessas é o envelhecimento precoce. Quando vemos num microscópio, a pele da paciente com melasma tem as características de uma pele já velha, independente da idade da pessoa. Esse fato nos fez pensar: e se eu tratar o envelhecimento, será que o melasma melhora?
Há algum tempo eu me debruço sobre essa pergunta e tenho visto que sim, tratar o envelhecimento é uma forma eficiente e duradoura de tratar o melasma. Os peelings profundos, que têm um enorme potencial de rejuvenescimento, também têm mostrado excelentes resultados para o melasma. O peeling destrói todas as camadas da pele e obriga o corpo a se reorganizar e produzir uma nova pele, que vem jovem e sem a maioria das alterações responsáveis pelo melasma
Se ainda não é a cura, porque isso implicaria que não haja mais a necessidade de tratamento, o peeling profundo tem se mostrado uma das melhores maneiras para se tratar o melasma e uma grande esperança para as 35 milhões de pessoas que convivem com essa doença no Brasil.

Saúde
Covid: pacientes podem ficar com sintomas neurológicos por 2 anos


Um novo estudo realizado com pacientes que contraíram a Covid-19 indica que os sintomas neurológicos, como psicose, demência, névoa mental e convulsões, podem perdurar por mais de dois anos.
A conclusão veio em uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford publicado na revista “The Lancet Psychiatry”.
“Desde as primeiras fases da pandemia, é conhecido que a Covid-19 está associada a um aumentado risco de muitas sequelas neurológicas e psiquiátricas. Todavia, mais de dois anos do diagnóstico do primeiro caso, três importantes perguntas permanecem sem respostas: primeiro, não sabemos se ou quando os riscos de diversos problemas pós-Covid voltam para os valores padrão; em segundo lugar, o perfil de risco nas diversas faixas etárias; e em terceiro se os perfis de risco mudaram com o aparecimento de tantas variantes”, informam os pesquisadores.
Por isso, os especialistas analisaram os dados de 1,25 milhão de pacientes para verificar se já existe alguma resposta a essas questões principais.
O estudo mostrou que, entre os adultos, 640 pessoas a cada 10 mil ainda relatavam “névoa cerebral” após mais de dois anos de cura. O risco, porém, era mais do que o dobro naqueles que tinham mais de 65 anos – com 1.540 casos a cada 10 mil.
Nos outros problemas apontados, os números também eram o dobro entre os idosos: 450 em cada 10 mil sofriam com demência; e 85 em cada 10 mil relataram surtos psicóticos.
Os pesquisadores relatam que esse tipo de problema também ocorre com outras infecções respiratórias graves, mas que os números pré-pandemia eram muito menores.
Os problemas neurológicos e psiquiátricos da chamada “Covid longa” resultaram muito mais raros nas crianças, mas não ausentes: 260 em cada 10 mil sofriam ainda com convulsões – o dobro do grupo de controle – e 18 em cada 10 mil tinham distúrbios psicóticos (em relação aos 6 a cada 10 mil no controle).
Entre as variantes, o estudo da Oxford confirmou que a variante Delta é muito mais severa para quase todos os sintomas de longo prazo da Alfa, a primeira das mutações. Porém, os especialistas apontam que há indicativos de que a variante Ômicron, que se dissemina de forma intensa desde o fim do ano passado, tenha as mesmas características de longo prazo de sua antecessora – apesar dos sintomas mais leves.
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Fonte: IG SAÚDE
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