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Quinta-Feira, 17 de Janeiro de 2019, 08h:37

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SAÚDE

Bactéria mais eficiente que repelentes químicos para afastar insetos e doenças

De acordo com a publicação, a descoberta "pode ajudar a reduzir o risco de patógenos perigosos, como a dengue, a malária e a zika".

Edison Veiga

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Getty Images

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Bactéria funciona como eficiente repelente contra insetos, dizem pesquisadores

Uma bactéria comum que vive naturalmente no solo revelou-se tão eficiente como repelente contra insetos quanto os princípios ativos químicos mais usados pelos produtos do mercado. 

 

A expectativa dos cientistas é que os micro-organismos do gênero Xenorhabdus possam ser utilizados como armas no combate a mosquitos, como os transmissores de dengue, malária e zika, e outras pragas, como carrapatos.

 

"Sabíamos que as bactérias Xenorhabdus matam insetos e produzem certas substâncias químicas com propriedades antibióticas, antifúngicas e inseticidas", conta à BBC News Brasil o biólogo Mayur Kumar Kajla, pesquisador da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, e do Instituto Nacional de Pesquisas da Malária de Nova Delhi, na Índia.

 

"Por acaso, no laboratório constatamos, enquanto examinávamos várias amostras de bactérias isoladas, que quando misturadas ao sangue elas impediam que os mosquitos se alimentassem. Então vislumbramos a possibilidade de produzir um repelente de mosquitos."

 

Os testes mostraram que a ideia é eficiente. Os compostos obtidos da Xenorhabdus repeliram os insetos de forma tão efetiva quanto os repelentes comerciais à base de DEET e picaridina.

MAYUR KUMAR KAJLA, UNIVERSITY OF WISCONSIN-MADISON

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Cientistas querem utilizar micro-organismos do gênero Xenorhabdus como arma no combate a mosquitos transmissores de dengue, malária e zika 

Os cientistas envolvidos na pesquisa acreditam que conseguiram abrir uma nova maneira, portanto, para conter mosquitos e outras pragas transmissoras de doenças - com uma vantagem: seria um repelente natural e não sintético, mas igualmente eficaz contra picadas.

 

A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira pelo periódico Science Advances. De acordo com a publicação, a descoberta "pode ajudar a reduzir o risco de patógenos perigosos, como a dengue, a malária e a zika".

 

"Muitos tipos de bactérias já são utilizadas em aplicações farmacêuticas, como antibióticos. Estudos anteriores de bactérias do gênero Xenorhabdus já haviam mostrado várias bioatividades, como propriedades antibióticas, antifúngicas e inseticidas em metabólicos secundários que a bactéria produz. No entanto, esta é a primeira vez que se explorou sua capacidade de agir como repelentes naturais de mosquitos", frisou o periódico, em nota divulgada à imprensa.

 

Testes

 

Kajla e sua equipe utilizaram um sistema de alimentação celular para rastrear os compostos da bactéria capazes de agir sobre os insetos. No laboratório, foi utilizada a espécie Xenorhabdus budapestensis da bactéria.

 

Os cientistas testaram então a ação dos compostos obtidos, e compararam com dois repelentes sintéticos, um feito de DEET e outro de picaridina. A fórmula natural, obtida a partir da bactéria, foi tão ou mais eficaz do que os sintéticos ao repelir o Aedes aegypti - o mosquito transmissor da dengue.

MAYUR KUMAR KAJLA, UNIVERSITY OF WISCONSIN-MADISON

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Repelente seria natural e não sintético, mas igualmente eficaz contra picadas de insetos 

E também foram eficientes contra outros dois mosquitos vetores, o Anopheles gambiae e o Culex pipiens. A expectativa dos pesquisadores e os compostos possam ser utilizados em uma variedade mais ampla de outras espécies de mosquitos transmissores de doenças.

 

Uso em seres humanos

 

"Até agora descrevemos os compostos ativos repelentes produzidos por essas bactérias e comprovamos que esses compostos são potentes em repelir mosquitos Aedes, Anopheles e Culex, em testes de laboratório. Os próximos passos são avaliar sua toxicidade em culturas de células e em modelos animais, antes que estes possam ser testados na pele humana", contextualiza Kajla.

 

O cientista explica que as bactérias "produzem estes compostos em seu meio de crescimento", ou seja, uma dieta líquida na qual os pesquisadores cultivam as bactérias. Isso significa que "os compostos ativos repelentes podem ser isolados a partir das culturas bacterianas".

 

"Assim, os compostos purificados são utilizados nos ensaios repelentes, e não as próprias bactérias", diz o biólogo.

 

"Desta forma, os compostos ativos repelentes, e não as bactérias, podem se tornar o ingrediente ativo numa fórmula repelente, muito semelhante aos repelentes do mercado baseados em DEET."

 

Produtos sintéticos

 

Os dois produtos sintéticos que foram comparados com o composto extraído das bactérias são os princípios ativos dentre os mais comuns nos repelentes à venda hoje em dia. DEET é um composto químico comercialmente indicado no Brasil como Diethyl Toluamide. Seu nome científico oficial, de acordo com a União Internacional de Química Pura e Aplicada é N,N'-Diethyl-3-methylbenzamide.

MAYUR KUMAR KAJLA, UNIVERSITY OF WISCONSIN-MADISON

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Testes mostraram que os compostos obtidos repeliram os insetos de forma tão efetiva quanto os repelentes comerciais à base de DEET e picaridina 

Protege contra insetos, carrapatos e outros artrópodes e é utilizado para prevenir doenças como dengue, malária, febre amarela, entre outras.

 

O composto foi desenvolvido pelo Exército americano, testado primeiramente como pesticida em áreas rurais e utilizado como repelente primeiro apenas pelos militares, já a partir da Segunda Guerra. Seu uso civil começou em 1957.

 

A picaridina - também chamada de icaridina ou KBR 3023 - é um princípio ativo derivado da pimenta. Sua nomenclatura científica oficial é 1-piperidinecarboxylic acid 2-(2-hydroxyethyl)-1-­methylpropylester.

 

É um produto eficiente contra os mosquitos transmissores de dengue, febre amarela, leishmaniose, além do carrapato vetor da febre maculosa.

 

Historicamente, o uso do composto foi indicado pelo médico infectologista francês Eric Lundwall ao exército em missões na Guiana Francesa - por causa da alta incidência de malária na região amazônica.

 

Em 2002, a picaridina foi lançada comercialmente. No Brasil, produtos com esse princípio ativo chegaram às prateleiras em 2005.

 

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